quinta-feira, 10 de julho de 2008

É quando bate o amor

É quando bate o amor. Nessas horas dá vontade de voltar a ser moleque-pé-no-chão, quando se corria atrás de pipa em terreno baldio, quando se metia o joelho na cerca de arame farpado, quando tudo é um quase nada, a vida não passa daquilo, disso, soltar pião na terra, bola de gude e caçapa, jogar baralho na porta de casa até tarde, bola no gol e mulher na arquibancada, a trave é de dois chinelos, numa mistura meninos e meninas correm pela rua, livres.
Quando bate o amor quero ser moleque-pé-no-chão.


Outro canto da imagem.
Palavra-Leonardo Fernandes Paiva
Fotografia- Amanda Bigonha

Um comentário:

Mari disse...

Concordo Leo, o amor nos faz voltar ao tempo e nos torna criança novamente,perdemos totalmente a razão!!! Como diz Fernando Pessoa: "Todas as cartas de amor são ridículas, não seriam
cartas de amor se não fossem ridículas!!!